DCE Livre da USP

O Diretório Central dos Estudantes Livre da USP “Alexandre Vannucchi Leme” (DCE) é a entidade de representação dos estudantes de graduação de todos os campi da USP (Bauru, Butantã, USP Leste, Piracicaba, Pirassununga, Lorena, Ribeirão Preto e São Carlos), com sede localizada em São Paulo. Isso significa que o DCE é responsável por organizar os espaços do Movimento Estudantil e validar as decisões tomadas pelo conjunto estudantil da USP, sejam elas referentes à universidade, ou mais amplamente, à sociedade.

Fechado pela ditadura militar, o DCE da USP foi refundado em 1976, momento em que se acrescentou ao seu nome o termo “Livre” e, também, a homenagem a Alexandre Vannucchi Leme, estudante de Geologia da USP assassinado sob tortura pelos militares em 1973.

Todos os estudantes da USP têm direito ao voto direto e à candidatura em uma chapa para a eleição anual. As gestões organizam-se de forma a construir as seguintes decisões dos fóruns do movimento estudantil:

  • Congressos dos Estudantes: a cada dois anos, são discutidas e definidas as diretrizes de todo o movimento estudantil da USP.
  • Assembléias Gerais dos estudantes da USP: espaços de discussão do posicionamento e da ação dos estudantes acerca de assuntos específicos, nos quais todo estudante tem direito a voz e voto.
  • Conselho de Centros Acadêmicos (CCA): reunião periódica entre os representantes do DCE e dos CAs, em que participam o CAASO e as Secretarias Acadêmicas do campus para discutir e organizar políticas, ações e reivindicações dos estudantes.
“Alexandre Vanucchi Leme morreu aos 22 anos de idade. Cursava o quarto ano de Geologia na USP, e seu apelido era Minhoca. Pertencia ao Centro Acadêmico da Geologia (CEPEGE- Centro de Pesquisas Geológicas), e ajudou na reconstrução do DCE na clandestinidade. Foi preso, torturado até a morte e enterrado como indigente, com falso laudo médico assinado pelo médico Isaac Abramovitc, laudo contestado em 1991 por CPI. A família de Vanucchi Leme foi indenizada, e o pai conseguiu finalmente reaver os ossos do filho em 1983, quando então sua família o enterrou de acordo com sua cultura católica em Sorocaba onde nasceu.” – Trecho do livro “CALE-SE”, de Caio Túlio Costa (editora A Girafa. Seg. Edição, 2003)